Inspiração...uma palavra que move muitos poetas, escritores e outros artistas, enfim todos aqueles que se dedicam ao acto de criar um projecto. A palavra do latim inspiratione significa o acto ou efeito de inspirar ou ser inspirado, sugestão ou o entusiasmo do criador. A teoria platónica por usa vez considera que no momento da criação, o pensamento do criador, é trocado por um estado perto da demência que faz o actor parecer um Deus.
Mas de onde vem a inspiração? O que faz com que as pessoas se sintam inspiradas e o que fazem elas com essa inspiração?
Acredito verdadeiramente que a inspiração e o resultado da mesma sejam mais uma forma que encontrámos para comunicar com o mundo que nos rodeia e até com o nosso intímo. Não procuro desenvolver numa teoria, apenas partilhar a minha perspectiva sobre este assunto, na tentativa de obter algumas respostas. Estou convicta que a inspiração advém das nossas experiências, dos ambientes que habitamos e lugares que conhecemos, dos novos rumos que tomamos e da cultura em que estamos inseridos e de outras com as quais interagimos. São sem dúvida factores que nos influenciam, logo também afectam a nossa capacidade de criação. As experiências visuais por exemplo, influenciam em muito a minha inspiração no momento de criar uma obra, uma nova tela, no entanto o meu estado de espiríto será outro factor que irá afectar a inspiração e o resultado da minha criação.
Mas a verdade é que a inspiração não tem hora marcada, ela surge e desaparece sem menos se esperar. E quando esta falha, o que fazer, como ultrapassar esse desespero?
Este momento avassalador chegou até mim, neste momento não me consigo dedicar à pintura, a minha inspiração estagnou...o que fazer? Bem, para não entrar em catadupa, resolvi seguir um plano B (como anunciava em tempos o nosso BES), decidi canalizar as minhas energias e alguma inspiração que em mim ainda vive para outra área - o Munda Sarita! Nem tudo de se perde, transforma-se.
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