quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Diário de uma Ninfomaníaca



Após o êxito de livraria "Diário de uma Ninfomaníaca", de Valérie Tasso, vai agora para o cinema.

O livro relata a história de uma mulher francesa, de boas famílias, formada em Gestão de Empresas, que narra a sua evolução através das relações sexuais que vai tendo, com os coveiros de um cemitério, com um árabe amante de Coca-Cola, com um polícia sem escrúpulos, com desconhecidos em lugares imprevistos...uma série de vivências que assume com a máxima liberdade que uma pessoa pode ter, a que se concede a si mesma e não a que se é obrigada a ter.

Esta peculiar maneira de se relacionar leva-a a viver uma verdadeira odisseia ao lado de um homem maquiavélico, empenhado em maltratá-la psicologicamente. Para sobreviver à dor e devido à sua ilimitada curiosidade, passa a exercer a prostituição numa agência de luxo, ficando assim conhecer a fraqueza e vulnerabilidade dos homens.

A linguagem do corpo e das palavras escritas num livro que foi best-seller e que agora surge adaptado ao cinema.

Curioso é que a promoção deste filme tem encontrado diversos obstáculos, na colocação Outdoor do cartaz, pela imagem que apresenta (foto acima), quer pelo pudor de determinados patrocinadores em pronunciarem e divulgarem a sua associação a um filme que, no seu título, contém a palavra – Ninfomaníaca...que hipocrisia! Vemos por aí tantos filmes com conteúdos da treta e argumentos que deveriam ser interditados e muito menos autorizados a serem colocados no mercado e este filme que ostenta um título e retrata uma história real mas ousada, vivida e assumida por uma mulher, na qual o universo sexual feminino é o centro da acção...leva a alguns senhores sentirem-se constrangidos em divulgá-lo! Será por se verem retratados nas personagens masculinas a quem a senhora francesa prestava serviço na agência de luxo? Será que de alguma forma se sentem visados, com susceptibilidades secretas feridas?

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