sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Será que se pode viver eternamente apaixonado pela vida?

Em resposta a uma questão colocada pela minha mana Sandra no facebook, a qual deu espaço para muita reflexão e por não encontrar espaço físico ou virtual nesse dito canal, para lá expor a minha interiorização, aqui no meu cantinho preferido, na minha blogosfera, deixo a resposta à pertinente interrogação lançada pela minha maninha.

"A paixão que sentimos pela vida é um estado oscilante e que por vezes entra em contradição. Quem vive por ela naturalmente apaixonado tem a capacidade de, nos momentos mais difíceis, encontrar âncoras e alavancas para de novo despoletar a paixão que vem sentindo por aquilo que o rodeia. A vida é realmente apaixonante, é incrível o que durante a mesma nos vimos obrigados a passar e como esta nos obriga a agir. Os momentos de introspecção são fundamentais para que essa paixão consumida pela vida não se esfume, porque os obstáculos que nela encontramos por vezes são muito dolorosos e podem provocar graves danos no nosso interior e mexer com a nossa força anímica. Mas se preservarmos a nossa essência, amor próprio, assim como periodicamente dedicarmos algum do nosso tempo a um balanço daquilo que fomos e fizemos no seu decurso, reajustando agulhas se necessário, se cuidarmos da nossa auto-estima e mantivermos aquilo que nos dá prazer, os chamados pequenos prazeres da vida, acredito que a paixão que sempre tivemos pela vida nos acompanhará até se dar uma intervenção divina. Mas a verdade é que as estruturas que regulam a felicidade que sentimos por viver podem ser abaladas, existem factores externos e mesmo mecanismos internos que não controlamos. É aqui que a paixão pela vida entra em contradição...mas nem sequer sei se também esse estado será uma constante. Acredito que vivemos num exercício constante em busca do equilíbrio das várias áreas da vida, nomeadamente da própria vida.”

1 comentário:

Unknown disse...

Vila la vida que me ha dado tanto!